“2020 não foi apenas o ano da pandemia, foi também o ano do recorde de temperaturas e de crescente impacto das mudanças climáticas: enchentes, secas, tempestades, incêndios e pragas de gafanhotos. Ainda mais preocupante é que o mundo está caminhando para um aumento de temperatura de pelo menos 3°C neste século.” ONU Brasil
A pauta é evidente para todos: sociedade, política, órgãos. Não há, atualmente, esfera que não esteja ciente dos impactos ambientais causados pelas mudanças climáticas. E como mostra a citação da ONU, de 2020 para cá estamos vivenciando o agravamento da situação e não é exagero pensar em uma catástrofe global se, urgentemente, nada for feito a respeito.
Fato é: o mundo não é mais o mesmo depois da pandemia. O coronavírus chegou e impactou diversos setores e forçou pessoas a lutarem contra um vírus completamente desconhecido e invisível. Diante disso, as milhares de hospitalizações que aconteceram de repente, sem ninguém esperar, levou a uma produção de mais de 8,4 milhões de toneladas de lixo por parte dos hospitais: máscaras cirúrgicas, luvas, kits de teste, seringas, talheres e pratos descartáveis, entre outros resíduos plásticos.
E para onde foi todo esse descarte? Segundo matéria publicada na Veja, “quase 25 mil toneladas foram lançadas nos oceanos, sendo mais de 12 mil toneladas na forma de microplásticos”. A reportagem ainda ressalta, com isso, a crise ambiental considerada a mais crítica do século XXI: poluição dos ambientes marinhos.
Além da pandemia
Por outro lado, paralelo à pandemia em 2020 e ainda 2021, vivenciamos uma crise climática que teve um impacto catastrófico a nível mundial. A exemplo, vimos as enchentes que mataram e isolaram americanos nos EUA e um incêndio florestal que destruiu uma cidade inteira no Canadá.
Aqui no Brasil, o cenário de desastre ambiental não foi diferente: foram constantes as notícias sobre desmatamento e queimadas, ataques a leis ambientais e enfraquecimento das fiscalizações. Para se ter ideia, apenas em 2021, o desmatamento na Amazônia atingiu taxa recorde de 13 mil km² e se tornou a maior dos últimos 15 anos.
Mas o que seriam, de fato, mudanças climáticas e quais as suas consequências?
Como o próprio termo sugere, mudanças climáticas são alterações no clima que causam consequências danosas ao meio ambiente: derretimento das geleiras, extinção de espécies nativas, queimadas, entre outras.
E, claro, não podemos deixar de citar o aquecimento global, tema já conhecido por intensificar o efeito estufa e provocar uma maior retenção de calor, resultando no aumento da temperatura.
Resultado disso, como já citamos, são regiões sofrendo com enchentes causadas pela grande quantidade de chuvas, deslizamentos de terra e, nas áreas secas, a falta de água que ocasiona não só mortes como também incêndios que ameaçam a biodiversidade.
2022: O que esperar de oportunidades e desafios para o Brasil?
É praticamente impossível dissociar o enfrentamento aos impactos ambientais das políticas e ações humanas. A natureza não age sem que algo por trás cause impacto.
Diante disso, a crise climática deve receber a devida atenção de todos: nossos hábitos de vida e comportamentos, bem como os incentivos políticos ao desmatamento através de PLs (Projetos de Leis) que acabam por colocar ainda mais em risco a preservação ambiental. É papel da sociedade como um todo acompanhar todos os trâmites e cobrar ações que visem tratar com a devida seriedade a crise que estamos vivenciando.
Dessa forma, torna-se urgente o fortalecimento da ideia de que meio ambiente e sociedade são um só e que, para caminhar rumo a um equilíbrio sustentável, é necessário dispor de coragem e energia.